Dom Vilar comenta morte de Dom David e revela curiosidades do amigo

03/17/2021

04:25:03 PM

Igreja

Por: Weslen Máximo 


Dom David e Dom Vilar eram grandes amigos (Foto: Arquivo pessoal)

Atual bispo da Diocese de São João da Boa Vista (SP), Dom Antônio Emídio Vilar (SDB) conta em entrevista à Difusora nesta quarta-feira (17), como foi o sepultamento do bispo emérito Dom David Dias Pimentel, que faleceu na terça, aos 79 anos, vitima da Covid-19.  Além disso, revela algumas intimidades do português e o carinho de seus conterrâneos.

O corpo do bispo foi carregado por padres e sepultado na cripta da Catedral ao lado de Dom Tomás Vaquero, também bispo diocesano. Depois aconteceu uma missa de exéquias apenas com padres, sem a presença de fiéis por causa da pandemia. “Foi uma situação estranha de nós termos de nos contentar em fazer um funeral sem poder ver Dom David [...] Ele descansou”, comenta Dom Vilar.


Padres levam o corpo de Dom David até a cripta da Catedral de São João da Boa Vista (Foto: Dicoese)

O bispo completaria 80 anos nesta quinta-feira (18). Após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC), há alguns anos, recebia cuidados de enfermeiros. Nos últimos dias, os próprios cuidadores contraíram Covid e o bispo acabou sendo infectado também. Seu quadro piorou e ele não resistiu. Dom Vilar destaca que o amigo cumpriu seu dever na Terra.

Piadista e Palmeirense

David e Vilar se tornaram amigos desde quando o novo bispo chegou. E compartilharam muitas coisas ao longo dos últimos anos, já que moravam juntos. “Palmeirenses, uma vez ou outra conseguíamos ver os jogos do Palmeiras juntos”.

Dom David gostava de piadas e os amigos faziam questão de ouvir. “Ele tinha umas piadinhas boas pra contar. E ele não ficava bravo quando a gente contava piada de português. Vai deixar saudades”, destaca Vilar.

Príncipe Português


Homenagem a Dom David em sua terra natal, nos Açores (Foto: Estatuária Micaelense)

Nascido na Ilha de São Miguel, nos Açores, em Portugal, Dom David é considerado um príncipe pelos conterrâneos, até nome de rua e estátua em sua homenagem existem na região.

“Chega com banda musical acolhendo, com toda aquela solenidade porque ele é um filho de São Miguel. Ele era muito querido e considerado lá. Toda vez que ele voltava os parentes e cidadãos sempre faziam festas pra ele”, revela.

Assista a entrevista com Dom Vilar:  



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