10/28/2020
04:12:27 PM
Por: Weslen Máximo | Atualizada às 16h08 de 28/10/2020
O Papa Francisco autorizou a Congregação para as Causas dos Santos a promulgar o decreto que reconhece as virtudes heroicas de Irmão Roberto Giovanni, na terça-feira (27). A notícia só foi divulgada nesta quarta-feira (28) pelo Vaticano. Para o bispo da Diocese de São João da Boa Vista (SP), esse reconhecimento é o passo mais importante.
“O mais importante desse processo de beatificação e canonização é declarar a heroicidade das virtudes: fé, esperança e caridade, as virtudes teologais. Depois: justiça, prudência, temperança e fortaleza, as virtudes cardiais. E as virtudes anexas: pobreza, castidade, obediência e humildade. Porque é simples uma vida cristã de um discípulo de Cristo que viveu intensamente para Deus e irmãos. Então, isso pra mim já é o maior milagre que declara o verdadeiro santo”, destaca Dom Antônio Emídio Vilar.
Com o reconhecimento das virtudes heroicas, Irmão Roberto é declarado “Venerável” e está há um milagre de ser beatificado. De acordo com o processo de beatificação, a Igreja precisa comprovar um milagre para que Roberto Giovanni possa avançar à próxima fase.
História
Irmão Roberto Giovanni nasceu em Rio Claro (SP) no dia 16 de março de 1903. Como irmão coadjutor, viveu a maior parte de sua vida em Casa Branca (SP). Rigoroso consigo próprio, transbordante de amor para com os outros, dedicou-se aos trabalhos domésticos, ao serviço paroquial e ao Santuário Nossa Senhora do Desterro, à assistência espiritual ao povo, principalmente aos pobres e doentes. Sua amabilidade e simplicidade atraíam a todos, simples ou doutos.
Em novembro de 1993 Irmão Roberto, já enfermo, foi morar em Campinas na casa de repouso dos Padres e Irmãos Estigmatinos. Com o passar dos dias foi acometido de uma pneumonia, deixando seu pobre físico muito debilitado. A sua páscoa definitiva aconteceu às 15 horas do dia 11 de janeiro de 1994, aos 90 anos de idade. O povo de Casa Branca quis que seu corpo fosse sepultado no mesmo Santuário onde ele serviu pela maior parte de sua vida, mais de 50 anos. Foi sepultado ao lado do altar-mor, no lugar exato onde, em vida, costumava rezar.
Após sua morte, o fato de as pessoas o terem como santo e, pelas graças alcançadas por sua intercessão, foi aberto o Processo Canônico para a sua Beatificação e Canonização. (Dados do site dos estigmatinos).
Venerável Roberto Giovanni (Foto: Divulgação/Vaticano)
Compartilhe